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Friday, February 15, 2008

E não é que chegamos?!

Nossa chegada à Recife foi com festa e saudade:
Pegamos um voo de Manaus para Recife, modificando nossos planos iniciais de ir de ônibus até o fim, em outras palavras até Recife, pois o Brasil é bem carinho pra mochilar. Sendo assim, a chegada em Recife de avião finaliza a viagem tão planejada, sonhada e vivida.

Além do relato para os amigos e familiares, fica o blog para ajudar aqueles que querem seguir viagem para os lugares que fomos. Eu me guiei muito por outros blogs e sei quanto são úteis! Espero poder manter o blog por um bom tempo ainda....e relatar futuras viagens!

RESUMÃO DA MOCHILADA CENTRAL AMERICA E AMAZONIA:

Fizemos as contas e ao todo foram 7 países: Guatemala, Honduras, Nicaragua, Costa Rica, Panama, Colombia, Venezuela e o Norte do Brasil. Total de 2 meses e 18 dias ( e foi reduzido, pq seriam 3 meses). Mais de 100 horas de viagem de ônibus, umas 20 de avião e algumas menos de barco.

- Local Preferido eu diria San Blás, no Panamá.
- A cultura mais forte, a da Guatemala (melhor lugar pra comprar souvenirs!!).
- O que menos gostamos foi Honduras.
- Uma surpresa foi o mar caribenho da Venezuela.
- Uma decepção, as praias da Costa Rica (boas, mas esperávamos mais).
- Uma experiência inesquecível: a caminhada noturna na praia deserta em busca de tortuguitas marinhas.
- Não aconselho? Não aconselhamos passar várias conexões de ônibus pra chegar na CreamBlue Lagoon (Costa Rica) e ao chegar na cidade mais perto descobrir que só se chega na lagoa de carro!
- Imperdível é nadar com os botos rosa da Amazônia.
- O lugar mais lindo: Canaima na Venezuela.
- E fato marcante, o vulcão concepción entrando em erupção na nossa frente, em Ometepe, na Nicarágua.
- Aprendendo com o erro? Confira sempre as roupas deixadas nas lavanderias pra lavar, pq se não voltam e vc nao conferiu ao entregar, pode considerá-las perdidas.
- Mesmo quem não gosta, nunca deixe de levar remédio pra dormir pra as longas 8, 12 horas de viagens de ônibus noturnas (não que Thiago tenha precisado).
- Sensação impossível de esquecer é o mal estar da altitude ao escalar os vulcões (principalmente o Tajamulco) q é terrível, mas a vista acima das nuvens é sem igual.
- Ah! Só avisar aos pais que cruzamos as fronteiras do países (principalmente Colombia-Venezuela) a pés qndo chegar em casa.
- E avisar a todo mundo para não deixar de ir na sua vida a Tikal, Guatemala!!!
- Nos apaixonamos por Sao Pedro da Laguna, no Lago Atitlan.
- E o mais marcante foram as viagens emocionantes dos chicken buses da Guatemala (El Estor!). - Sempre lembrar de cambiar o dinheiro para a moeda local pra não correr o risco do desespero.
- Melhor Albergue: o TikalFlores, em Flores Guatemala.
- O pior: o Aqua em Bocas del Toro -Panamá.

E por fim chegar em casa e guardar as mochilas q nos acompanharam por tanto tempo. E jamais esquecer: Refresco na America Latina é refrigerante! :) Até a próxima!!!!!

As cenas finais da jornada

Reparem na coragem!

Botos rosas own....!!
O guia segurando a preguiça (disse ele que não estava machucando) pra fotinha rápida...
Seu xico e Francisco, ribeirinhos do Amazonia que abrem suas casas e nos mostram a colheta da mandioca e a sua transformação artesanal em farinha, fazem bijus pra gente e não recebem nada em troca! Fiquei indignada como os resorts da região não dão nem um real pra eles e eles são uma simpatia....

Os botos são fantásticos, e a emoção é inexplicável. Dá um medo tremendo ao entrar no rio, principalmente qndo você começa a sentir as rabadas fortes do botos na sua perna! Juro que eu senti, é uma mistura entre emoção e medo. Quanto mais velhos, mais cor-de-rosa ficam, e há também os botos cinzas. Esses, são menores e idênticos aos de água salgada, mas com eles nao é possível mergulhar. Esse foi o ponto forte dos 5 dias!!!

E com muito atraso, mas cumprindo a promessa, termino de postar as fotos do mochilão Central América. Fechando com chave de ouro, fica a beleza dos únicos botos rosas do mundo entre jacarés e preguiças.
A viagem para a Amazônia só nos abriu os olhos para a imensa beleza que há no nosso país e quão pouca importância damos. É notório o avanço das pequenas civilizações de ribeirinhos mata a dentro e dos governos em busca de "desenvolvimento econômico". Mas a floresta ainda existe, ainda esta lá, é caríssima a viagem, não somos todos uns sortudos, mas aproveitamos nossa oportunidade pra compartilhar um pouco de tudo com essas fotos postadas.

Thursday, January 31, 2008

Açaí com Arara

Os índios brasileiros do sec. XXI. As tribos mais selvagens nós não temos permissão para visitar. Super simpáticos, eles vivem da venda do artesanato.

Os famosos flutuantes (forma de moradia)
Tipo assim, elas vêm ate o hotel e vão ficando....

tá vendo ela??? Uma arara na árvore????
Açaí!

Nosso dia-a-dia é assim...comer, passear, comer, passear, comer, noite no lodge com duas horas de eletricidade apenas....

Praia e tucano

Na Amazonia é assim: é só colocar fruta na varanda que os tucanos, macacos e araras chegam :) Ti lindaaa
A família ribeirinha q nos recebeu tão bem
Praia!!! Praia em meio a floresta, sim senhor! E o mais interessante, a água é mornissíma e os botos nadam logo ali atrás de vc....
Praia que só é possível ver na estação seca.

Amazônia brasileira

Cade a cobra???!!! Consegue ver? É bom que veja, ou vai pisar nela e aí....só deus sabe.
Borracha! O ciclo da borracha terminou com uns estrangeiros levando exemplares da planta e as cultivando na Ásia. Lá se desenvolveu e o custo ficou mais em conta. Assim, os grandes ricos da borracha foram embora de Manaus e os q ficaram partiram para um novo investimento. Os escravos ficaram abandonados, muitos deles se tornaram ribeirinhos e Manaus foi deixada pra trás. Foi ruim para economia, mas excelente para a nossa floresta.
Como falei, eles já são bem focados no turismo: Papudinho drinks ;)

O único índio que eu vi!


Pelo menos eu tinha a ideia que ia parar no meio do nada, como aconteceu em algumas outras localidades na viagem, ao chegar na floresta. Mas apesar de floresta, nas beiras dos rios há pequenas comunidades, as chamadas comunidades ribeirinhas. Vc não tem a sensação de estar no meio do nada. Além disso, os ribeirinhos são em sua maioria bem receptivos aos turistas, com lojinhas de artesanatos. Em grande parte são mestiços do homem branco com índio e negro com índio.

Amazônia!

Calmaria do Rio Negro
Uma descabelada e uma piranha
Piranha!
E muitas plantas medicinais
Tem tarzan lá!!!!!



E o melhor de Manaus ainda estava por vir. Sim, a floresta é imensa, eu só vi um pedacinho, tudo é lindo e ainda existe!
O Equador e a Colombia investem muiitooo no turismo da Amazônia, com precos bem mais acessíveis. Já o Brasil mantém preços altos, pois os empresários-donos dos hotéis -não ajudam os ribeirinhos e locais, e o presidente do país inventa de construir estrada. Uma estrada parece inocente, mas cresce como uma espinha de peixe e após anos é devastação na certa.

Para os menos afortunados, se tiver opção, visitar a floresta pelo lado do Equador e Colombia (cidade de Letícia) é mais em conta. Como estava fora do nosso roteiro, preferimos pelo Brasil mesmo, até para conhecer Manaus.

Thursday, January 24, 2008

O encontro exótico de Manaus ( e minha indignação por LULA)

Frutas.....tem q ler ai embaixo.... essa é a lichia!
Feira no centro
Lasanhada, estrogonofe, feijao preto com porco, pão caseiro, guaraná baré e etc etc.... Nosso querido Leandro!
o Maravilhoso encontro do rio negro e solimões
Parece bem -casado.. :)


E tivemos um encontro assim, bem exótico. A fruta presente (lichia) tem um aspecto bizarro e parece uma pitomba grande com menos sabor. A feira sempre repleta de artigos indígenas e ervas usadas como chás e medicamentos. Pessoas nas ruas refletindo uma mistura de raças acompanhada de um calor que chega a 40C junto com uma chuva de trovões diária. Um tráfego louco com ruas sem faixa de pedestres, frutas de nomes estranhos: Physalis, camu-camu (parece açai), mana-cumbiu, copaiba e outras que já conhecemos pelo Brasil, como o açaí e a graviola. E frutas já conhecidas mas com outros nomes. Ah! Sabe o q é o Taperebá? É Cajá!!! O mais exótico de tudo é o encontro do Rio Negro com o Solimões. O Rio Solimões é barrento e não se mistura com o negro. O encontro é fantástico.
Há mais de 3000 espécies de peixes nesses rios, bem menos no Negro por este não ser tão rico. O Pirarucu é um deles e é uma delícia local. O senhor Presidente LULA quer construir uma hidroelétrica no Rio Madeira, o que causará um grande impacto ambiental.....só uma das mirabolantes obras presidenciais em busca do desenvolvimento sem ligar para a matança do meio ambiente........

Bom, deixando lulinha pra lá, a ida a Manaus tem por objetivo terminar na floresta. Aquela que a gente estuda desde de pequenininho e fica se imaginando um índio com um macaco de estimação lutando contra as cobras assassinas. Ah vai.....todo mundo já brincou disso. Eu pesquisei tudo pela internet, e como o hotel mais legal é também o mais caro, optei por um eco lounge, um hotel menor, na copa das árvores, mas com um boa estrutura. Escolhi o pacote de 5 dias, já q ia para floresta, ia aproveitar o máximo, porque só Deus sabe se um dia vou voltar.....

O rapaz do lounge, o acajatuba, vem buscar vc em Manaus e leva para o barco. Começa com a visita ao encontro dos rios e depois seguimos de carro no ferry até o outro lado do rio. Chegando lá, um barquinho camuflado vai Rio Negro a dentro, até nosso pouso no lounge. O quarto é maravilhoso, espaçoso, com banheiro limpo, onde se acorda com os gritos dos macacos pregos....

Manaus- Amazonas

Teatro Amazonas com sua cúpula brasileira.
O teatro me lembrou o teatro Santa Isabel, é bem parecido.
O teto é obra de um pintor pernambucano, Crispim do Amaral.

Por dentro do teatro, o salão de festas que hoje em dia só é aberto pra visitação.


Seguimos viagem, cada vez mais próximo de casa. Pegamos o ônibus mais caro e absurdamente caro de toda a viagem: Boa Vista para Manaus por R$90,00 (U$45,00). Absurdo! Mais uma vez, invadimos a casa de alguém. Ficamos na casa de Leandro, que por sorte conhecemos através de David (lá do natal da Venezuela) e só nessa brincaderinha economizamos muito e ainda nos divertimos muito com leandro, gente boa e bom cozinheiro!

Depois das comidinhas de Leandro, saímos para o centro de Manaus. Primeira observação, Manaus é quente. Quente demais. Contudo, fora isso, é super tranquilo caminhar pelo centro da cidade, e tem pouca violência e poucos mendigos se comparada a Recife.. A cidade não é tão bonita, mas o teatro amazonas é. E sendo cartão postal da cidade, fomos lá conferir.
O teatro é uma lembrança viva da época da exploração da borracha. Os senhores da alta sociedade ricos por conta da exploração local, se divertiam em badaladas noites no teatro. Na época, Manaus era uma das mais prósperas cidades do mundo, embalada pela riqueza do látex da seringueira, produto altamente valorizado pelas indústrias europeias e americanas. Enquanto os escravos sofriam no meio da floresta, os senhores ricos se divertiam em Manaus.
Em frente ao teatro havia um cabaré, e óbvio, no salão masculino há uma saida secreta pra rua. Comédia.

Wednesday, January 23, 2008

Boa Vista - Brasil!! Onde a gente come e aprende a ser cara de pau!

Sheila e Thi devorando bolinhos de bacalhau!!! Séculos que nós não comíamos isto!
Guaraná Tuchaua, o guaraná do Norte
Tambaquí à delícia! Com pimenta malagueta nos olhos, é de lamber os dedos!
Paçoca!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Sim, é exatamente isso aí!!!!!!!!!!!!!!!!!! E não é de amedoim, é de carne! Com banana!



Roteiro em Boa Vista: Primeiro procure o bar mais perto para uma boa paçoca com banana. Em seguida vá ao supermecado mais próximo e compre os 3 tipos de refrigerantes de guaraná que não tem na sua terra. Se der tempo, não perca a atração principal que é o pirarucu ou tambaqui na brasa ou à delícia. O tambaquí não tem espinha! Mesmo correndo, não deixe de observar o fantástico e assustador preço das comidas!

Nossa primeira parada no brasisisissão tem direito a muita cara de pau e comida. :) Chegamos pela manhã em Boa Vista - Roraima, e percebemos q na cidade não tem hotel barato naum.....graças a salvação da salvadora amiga Mariana, que praticamente forçou Sheila, que era amiga da amiga da amiga a nos buscar e ainda nos hospedar! Mortos de vergonha, mas cara de pau lisos, aceitamos e foi a melhor coisa do mundo! Sheila nos atolou de tanta comida, nos recebeu maravilhosamente bem e ainda fizemos uma amigona! Pode se hospedar lá quando for a Boa vista! Né não sheilinha???!

A cidade é bem segura, muitas casas e nem parece uma capital! A atração principal é comer, principalmente os peixes de água doce do rio, rio este que, tem um calçadao bem fofinho com bares. A cidade em si, conhecemos em menos de uma hora! Foi ótimo ter uma casinha (a de sheilinha) depois de tanto tmepo!

Tuesday, January 22, 2008

Brasiiiiiiiiiiiiiiillllllllllllllllllllllllllllll já começa cantando!

Fábio hablando conosco na rede grrrobo! Sinal que o Brasil está logo ali.
Fronteira!!!! BRASIL!
Lhegamos! Trocamos o vermelho pelo verde! Primeira refeição a gente nunca esquece!!! Depois de anos, território brasileiro com guaraná e coxinha!


Santa Elena, quase Brasil. Bem perto da fronteira, já vemos os sinais de proximidade! Muiiitooos brasileiros vivendo em Santa Elena, gente hablando português nas ruas, o garçom brasuca e globo na tv do hotel!

Como Santa Elena já é quase na fronteira, nào tomamos ônibus desta vez, pegamos um táxi que nos deixa na fronteira, ainda no lado venezuelano. Fomos logo cedo, já sem a companhia dos ingleses Mike e Juliet que seguiram mais cedo ainda. Nessa hora, o coração bate mais forte, e depois do nosso último raio X de bagagem (na Venezuela inteira rola isso), vem a fila para imigracao.

Finalmente terminamos com os procedimentos e caminhamos via Brasil! A fronteira cruzada a pé é sempre mais emocionante.... Ao chegar no Brasil, o coração bate mais forte com a cédula de vinte reais em mãos. Seguimos viagem direto pra Boa Vista! (pegamos um carro particular que leva 5 pessoas a Boa Vista - Eles ficam pela fronteira esperando, e quando enchem, partem..).

O q mais impressionou foi como sendo países tão próximos, mesmo assim, cada qual fala seu idioma. Em Santa Elena, ainda na Venezuela, vimos muiiiitooosss brasileiros que continuam falando português e os Venezuelanos, o espanhol, tentando se comunicar no portunhol, cada qual faz seu esforço pra compreender a outra língua.
Já na fronteira brasileira, predomina o português. Da vontade de ficar indo de um lado pra o outro só para ficar ouvindo os dois idiomas. E uma hora a mais, já em Boa Vista, nem vestígios do espanholll.... apenas "Eu Naooo seiii dizzzerr adeuuuuuussss, massss tenhoooooo q aceitarrrrrr" tocando desesperadamente na rádio do táxi....

Cachoeeeiiiiira

E ele pensa: - É por aí mesmo q eu vou?
E fomos!
A cachoeira é forte, não dá pra tomar banho, mas a gente smepre arranja um jeitinho de se molhar...
kkkkk
I did it!


Queda d´agua forte é fraca!!!!!
Ps. pela trigésima vez no blog peço desculpas pelas vezes q engulo as letras, me atrapalho com as palavras, perco a coerencia, falho com os acentos, escrevo errado, misturo idiomas e por aiii vai..... :) tempo curto nas lan houses, nao dá pra revisar, muito tempo fora do Brasil e etc.... !!

Salto Sapo

Sapinhos
Uma das entradas
Passamos aí por trás!O ínicio da queda d´agua, o topo da cachoeira
O guia escorregou..hihihi


Na mesma região do Salto Angel, existem milhares de outras cachoeiras. Em alguma delas podemos caminhar por trás da queda d´agua! Os índios da região que começaram fazendo isso, e hoje a turistada toda vai na onda.... É muito bom.....(sem falar que isto não está incluso no tour que pagamos, mas como era reveillon e ficamos um dia a mais, ganhamos este passeio no dia extra!)